20081221
20081203
20080902
Uma pura formalidade
20080816
Ocean's Twelve Train Depot
Cena favorita e frase da semana:
"It is not in my nature to be mysterious, but I can't talk about it and I can't talk about why."
PS - Filmado na estação central de Amsterdam...Heimwee!
20080814
C.O. IV: é a força do interior!!!!!
Como todo mundo já sabe, César Cielo conquistou a medalha de bronze na prova dos 100m livre, com o tempo de 47.67, empatando com o americano Jason Lezak, do qual abaixo já falei. Todos nós adoramos e comemoramos e vamos nessa para os 50m, força na peruca (ou na touca) meu amigo!
E ói que o menino é de SBO*? Que orgulho!!
* Para quem não é de Americana, a legenda: SBO = Santa Bárbara d'Oeste!
20080812
Comentários Olímpicos III
Sim, é verdade, todo atleta é produto. Pensando bem, todos nós somos produto, né? Sei lá. O lance é que the Phelps is the man. 'Nuff said.
Ainda sobre pólo aquático: hoje assisti o finalzinho de Espanha x Austrália, depois da natação. Olhando "de cima", me lembrei de quando era criança e ia passar o dia na casa do meu tio, que tinha piscina. Creio que pólo aquático é a versão adulta da brincadeira de roubar a bola ou qualquer objeto de algum dos primos na piscina e ficar jogando para todos os outros, fazendo o primo-vítima de bobo. Observem que tenho muitos primos - a maioria, homens. Mas o bom da brincadeira é que, diferente do esporte adulto, quando o primo vem e se joga em cima de você para tirar a bola da sua mão, você sempre pode engolir água, tossir muito, ficar com os olhos irritados de cloro e assim chamar a atenção para o melhor tipo de árbitro que existe: as mães. A sua vai dizer "ai, não foi nada, pára com isso". A mãe do seu primo vai dizer: "Fulaaaaano! Pare de machucar sua prima!" podendo chegar ao cartão vermelho "Fulaaaaano! Saia da piscina já!" no caso de reincidência. Como tenho muitos primos, o número de mães a meu favor era maior. Mas vai ver foi por isso que nunca aprendi a nadar...
OK, amanhã tem mais Phelps, que começou a nadar porque tinha a tal da síndrome da hiperatividade quando criança. Precisava gastar energia. E hoje ainda tem muita sobrando!!
Ainda sobre pólo aquático: hoje assisti o finalzinho de Espanha x Austrália, depois da natação. Olhando "de cima", me lembrei de quando era criança e ia passar o dia na casa do meu tio, que tinha piscina. Creio que pólo aquático é a versão adulta da brincadeira de roubar a bola ou qualquer objeto de algum dos primos na piscina e ficar jogando para todos os outros, fazendo o primo-vítima de bobo. Observem que tenho muitos primos - a maioria, homens. Mas o bom da brincadeira é que, diferente do esporte adulto, quando o primo vem e se joga em cima de você para tirar a bola da sua mão, você sempre pode engolir água, tossir muito, ficar com os olhos irritados de cloro e assim chamar a atenção para o melhor tipo de árbitro que existe: as mães. A sua vai dizer "ai, não foi nada, pára com isso". A mãe do seu primo vai dizer: "Fulaaaaano! Pare de machucar sua prima!" podendo chegar ao cartão vermelho "Fulaaaaano! Saia da piscina já!" no caso de reincidência. Como tenho muitos primos, o número de mães a meu favor era maior. Mas vai ver foi por isso que nunca aprendi a nadar...
OK, amanhã tem mais Phelps, que começou a nadar porque tinha a tal da síndrome da hiperatividade quando criança. Precisava gastar energia. E hoje ainda tem muita sobrando!!
20080811
Comentários Olímpicos II
Hoje foi dia de festa familiar e aproveitei para tirar as minhas dúvidas olímpicas com meu primo, que é preparador físico do futebol do Rio Branco Sport Clube. Perguntei: "E esse Phelps, hein?". Resposta: "Ah, ele é produto." Ahn? "Ele tem o tronco maior que as pernas, o que é excelente para natação*; ele tem a envergadura maior que a altura, o que é excelente para natação; de resto, ele é produto de anos de investimento." Ponto para Rubem Alves.
* = será que ouvi direito? Isso é possível?
De qualquer modo, vamos lá, highlights de hoje:
1) Claro, claro, as supresas no final. Adlington batendo a americana nos 400m livre e Jason Lezak dando um ueeeba no francês Bernard no final do revezamento 4 x 100 livre. Observem que Lezak era o mais velho dos quatro nadadores e, segundo o comentarista da Globo, treina todo dia ao meio-dia, no intervalo de almoço do trabalho, coisa que parece ser confirmada pelo schedule de treino dele que aparece na página oficial do US Swimming. Detalhe brazuca do evento: segundo o Terra, no final da prova, quando Phelps comemorava o ouro se fazendo de He-Man, tocava Ilariê, da Xuxa. Go figure...
2) Sobre o comentário ao post de ontem:OK, realmente salto com vara deve ser foda. E se o pedaço de pau quebra no meio do pulo? Jesusmariajosé! Mas ainda fico com o polo aquático, para o qual é preciso muita força muscular e muito pulmão. E talvez também muito ódio no coração, porque eles jogam aquela bola de uma forma que só pode ser obra do demo.
* = será que ouvi direito? Isso é possível?
De qualquer modo, vamos lá, highlights de hoje:
1) Claro, claro, as supresas no final. Adlington batendo a americana nos 400m livre e Jason Lezak dando um ueeeba no francês Bernard no final do revezamento 4 x 100 livre. Observem que Lezak era o mais velho dos quatro nadadores e, segundo o comentarista da Globo, treina todo dia ao meio-dia, no intervalo de almoço do trabalho, coisa que parece ser confirmada pelo schedule de treino dele que aparece na página oficial do US Swimming. Detalhe brazuca do evento: segundo o Terra, no final da prova, quando Phelps comemorava o ouro se fazendo de He-Man, tocava Ilariê, da Xuxa. Go figure...
2) Sobre o comentário ao post de ontem:OK, realmente salto com vara deve ser foda. E se o pedaço de pau quebra no meio do pulo? Jesusmariajosé! Mas ainda fico com o polo aquático, para o qual é preciso muita força muscular e muito pulmão. E talvez também muito ódio no coração, porque eles jogam aquela bola de uma forma que só pode ser obra do demo.
20080810
Comentários Olímpicos I
Eu não sei nadar (verdade) mas não perco as competições da natação em Pequim. Vamos lá:
1) Esse Michael Phelps é uma coisa, hein? Alguém tem algo a dizer sobre ele? Emocionou-se hoje no pódio, o rapaz. Lesgal.
2) Hup, hup, hoera! Nederland! Viva as meninas holandesas do revezamento 4 x 100, que ganharam o ouro!! Vocês viram a prova, que beleza? Começaram discretas e, aos poucos, foram abrindo vantagem até chegarem lá. Trabalho de equipe e organização. E a alegria delas quando viram confirmado o resultado? Muito lesgal. Maior festa no pódio e pela primeira vez tocado o Wilhelmus, o hino neerlandês - que, aliás, parece ser o hino mais antigo do mundo, escrito em 1574 mas cantado desde 1568, autor desconhecido (seria "o povo"? Hahaha!). Era na verdade o hino da Casa Oranje-Nassau quando da revolta neerlandesa (do Norte, n.b.!) contra o Império Espanhol. Guilherme de Orange foi o grande comandante e representante da revolta, e por isso o hino não só tem seu nome como foi escrito como se estivesse sendo cantado pelo próprio Wilhelmus.
[OK, vou parar, mais sobre a Holanda do XVI/XVII em outra ocasião...]
3) Finalmente: pólo aquático deve ser o esporte mais difícil do mundo.
1) Esse Michael Phelps é uma coisa, hein? Alguém tem algo a dizer sobre ele? Emocionou-se hoje no pódio, o rapaz. Lesgal.
2) Hup, hup, hoera! Nederland! Viva as meninas holandesas do revezamento 4 x 100, que ganharam o ouro!! Vocês viram a prova, que beleza? Começaram discretas e, aos poucos, foram abrindo vantagem até chegarem lá. Trabalho de equipe e organização. E a alegria delas quando viram confirmado o resultado? Muito lesgal. Maior festa no pódio e pela primeira vez tocado o Wilhelmus, o hino neerlandês - que, aliás, parece ser o hino mais antigo do mundo, escrito em 1574 mas cantado desde 1568, autor desconhecido (seria "o povo"? Hahaha!). Era na verdade o hino da Casa Oranje-Nassau quando da revolta neerlandesa (do Norte, n.b.!) contra o Império Espanhol. Guilherme de Orange foi o grande comandante e representante da revolta, e por isso o hino não só tem seu nome como foi escrito como se estivesse sendo cantado pelo próprio Wilhelmus.
[OK, vou parar, mais sobre a Holanda do XVI/XVII em outra ocasião...]
3) Finalmente: pólo aquático deve ser o esporte mais difícil do mundo.
Comentários olímpicos - preâmbulo
Hoje, no primeiro caderno da Folha de SP, duas personalidades brazucas responderam à questão: você vai assistir aos Jogos Olímpicos de Pequim? Moacyr Scliar disse sim e Rubem Alves (celebridade municipal e ex orientador de mamã!) disse que não. Eu gosto do Rubem Alves, eu li todos os livros dele para crianças e eu chorei na parte da operação de Lili. Mas não posso concordar com o não. OK, tudo bem, os Jogos estimulam a competição pela competição, pelo recorde e pelo número, não pelo prazer do esporte. Rola muita grana e muito interesse político para além do mérito humano. Mas a vida é assim, minha gente. Podemos fazer figa pra China ganhar dos EUA em número de medalhas, mas não precisamos acreditar no velho e batido slogan "you can do it". Que tal just enjoy it, e deixar o lado competitivo pra lá? Keep it simple.
PS - Que fique claro que respeito a escolha de R. Alves. A TV tem botão de "desligar" (ou seria "off"?) para isso mesmo.
20080807
não é só no House
20080805
Presente!!
Ueba, ueba! Tem poucas coisas na vida que eu gosto mais do que ser surpreendida com um presente inesperado. Entre elas, gosto de livros e, mais ainda, de receber livros pelo correio. Eu gosto muito dos correios. Pensei em trabalhar para os Correios, aliás, mas andei pesquisando a remuneração dos carteiros, caixas e demais servidores postais, e percebi que não tem como. Inclusive desde esta descoberta passei a apoiar incondicionalmente a greve dos caras (que já acabou há um tempo), independentemente dos atrasos nas minhas entregas que, sinceramente, podem esperar. Então é isso aí: I support the postal workers!
Mas voltando ao assunto, viva os Correios, viva os livros, viva os livros recebidos pelo correio, e viva os amigos que lembram da gente e sabem exatamente aquilo que nos vai agradar - coisas que nós nem sabíamos que existia!
Hoje chegou para mim o singelo presente de minha amiga holandesa Leonie que, aliás, daria um post à parte. Somos amigas desde 1996, quando fui morar lá no alto dos Países Baixos. Apesar de todas as diferenças e de eu ser a única estrangeira da região, ela rapidamente me acolheu, se interessou, me chamou para a casa dela etc. Três dias depois das aulas começadas, lá estava eu, na garupa da bike de Leonie, passeando pela zona mega-rural do que é o Dutch Bible Belt (coisa que eu só viria a descobrir dez anos depois e que será assunto de outro post). Observem que ela se dispôs não só a pedelar os meus quilos (além dos dela) pelo countryside neerlandês, mas também que nem me hostilizou por eu não saber andar de bicicleta. É, na época eu não sabia, mas logo tive de aprender.
Enfim, Leonie é uma grande amiga que, como eu, adora dar um Vasari. Depois de vir me visitar no Brasil, a pequena batava passou temporadas na Romênia, África do Sul, Senegal e agora faz doutorado em Londres.
Continuando sua saga pelo mundo afora, ela agora está passando dois meses na Lapônia (norte da Finlândia), fazendo pesquisa e dando aula para os lapões....Basicamente ela está no círculo polar ártico e tem como vizinho Papai Noel. Aproveitando o tema de viagens, mulheres e escandinávia, me deu este ótimo livro de presente (ao lado, em "leitura da semana").
Pronto, era este o ponto do post. Agora vou ler o livro (ueba, me livrei do elefante do papa!) e depois comento.
Mas voltando ao assunto, viva os Correios, viva os livros, viva os livros recebidos pelo correio, e viva os amigos que lembram da gente e sabem exatamente aquilo que nos vai agradar - coisas que nós nem sabíamos que existia!
Hoje chegou para mim o singelo presente de minha amiga holandesa Leonie que, aliás, daria um post à parte. Somos amigas desde 1996, quando fui morar lá no alto dos Países Baixos. Apesar de todas as diferenças e de eu ser a única estrangeira da região, ela rapidamente me acolheu, se interessou, me chamou para a casa dela etc. Três dias depois das aulas começadas, lá estava eu, na garupa da bike de Leonie, passeando pela zona mega-rural do que é o Dutch Bible Belt (coisa que eu só viria a descobrir dez anos depois e que será assunto de outro post). Observem que ela se dispôs não só a pedelar os meus quilos (além dos dela) pelo countryside neerlandês, mas também que nem me hostilizou por eu não saber andar de bicicleta. É, na época eu não sabia, mas logo tive de aprender.
Enfim, Leonie é uma grande amiga que, como eu, adora dar um Vasari. Depois de vir me visitar no Brasil, a pequena batava passou temporadas na Romênia, África do Sul, Senegal e agora faz doutorado em Londres.
Continuando sua saga pelo mundo afora, ela agora está passando dois meses na Lapônia (norte da Finlândia), fazendo pesquisa e dando aula para os lapões....Basicamente ela está no círculo polar ártico e tem como vizinho Papai Noel. Aproveitando o tema de viagens, mulheres e escandinávia, me deu este ótimo livro de presente (ao lado, em "leitura da semana").
Pronto, era este o ponto do post. Agora vou ler o livro (ueba, me livrei do elefante do papa!) e depois comento.
Ele sobe a Brigadeiro como quem desce a Consolação!
Quem assistiu a última corrida de São Silvestre pela TV Globo ouviu este incrível comentário do narrador, cujo nome eu esqueci (mas não era o Galvão Bueno): "ele sobe a Brigadeiro como quem desce a Consolação!". Era a narrativa das últimas centenas de metros corridos por Robert Cheruiyot, do Quênia, que ganhou a corrida - muito merecidamente, aliás.
Bom, mas pra quem não viu, e mesmo pra quem viu, vai aqui o lembrete: já estão abertas as inscrições para a 84a. corrida de São Silvestre, em 31 de dezembro vindouro.
Como eu ainda não cheguei nos 15k e a SS não tem a modalidade "um terço" para os pseudo-preparados como eu, possivelmente assitirei, de novo, pela TV. Mas com as Olimpíadas chegando e esta notícia fresquinha, vamos falar a verdade: que vontade de treinar!
20080724
momento Frank (Sinatra)
A melancolia é uma lama. A tese é, às vezes, ótima e muitas vezes uma super lama. Digamos que hoje é um dia super-duper lama. Vamos lá pra música-tema da noite, que com certeza será ainda tocada many many times inside my head as sentences are written...Até porque o final (do tempo) está perto, mas da escrita, nem tanto....
"And now, the end is near
And so I face the final curtain.
My friend, I'll say it clear,
I'll state my case, of which I'm certain...."
Próximo post será mais animadinho. Acho que vou assistir as irmãs Bolena e aquele rei psicótico no final de semana... ;)
PS - Mas que o homem era de uma elegância de dar inveja, isso ele era!
20080719
sou feliz por ser lusófona
Acabo de assistir o documentário Língua. Vidas em Português, de Victor Lopes, Brasil/Portugal, 2004, 91 minutos.
Gostei e recomendo. Destaque para o depoimento de Mia Couto, belíssimo. Daria um pouco menos para Saramago, saudosista, não fosse a frase "Não há uma língua portuguesa, há línguas em português."
Sinopse oficial: Todo dia duzentas milhões de pessoas levam suas vidas em português. Fazem negócios e escrevem poemas. Brigam no trânsito, contam piadas e declaram amor. Todo dia a língua portuguesa renasce em bocas brasileiras, moçambicanas, goesas, angolanas, japonesas, cabo-verdianas, portuguesas, guineenses. Novas línguas mestiças, temperadas por melodias de todos os continentes, habitadas por deuses muito mais antigos e que ela acolhe como filhos. Língua da qual povos colonizados se apropriaram e que devolvem agora, reinventada. Língua que novos e velhos imigrantes levam consigo para dizer certas coisas que nas outras não cabe."
PS - Diva flower e diva J, o que acharam do filme?
20080716
Running to stand still
Pois é, né. E então eu tava lá hoje, vivendo a minha vida, e fui pra academia. Tava lá na esteira, treino básico do dia, tentando fingir que um dia correrei de verdade, e eis que uma boa alma troca o DVD do Babado Novo (dear Lord!) pelo do show do U2 em SP. Sem pensar, imediatamente desliguei meu iPodinho (shuffle e infelizmente verde) e fui ouvir Bono. Qual não foi a minha surpresa quando percebi que estava lá, correndo mais do que o planejado, já passados meus minutos no marcador, e eu de olho nos caras, com cara de tonta, quase cantando junto (o mico seria demais, mesmo numa academia de ginástica baronense)!! Lembrei que eu gosto, sim, ainda gosto de U2, ueba! Fiquei lá vendo o povo vaiando Bono enquanto ele dizia os nomes de países da América Latina, os gritos de horror quando do termo "Argentina", o Bono rindo da nossa cara e depois dando o recado básico do popstar (moderno?), let's save the world together. No meio disso tudo, pensei: "Mas por que diabos eu não fui no show desses caras??". Aí lembrei. Não fui porque eu era besta. Aliás, besta duas vezes, porque não fui nem naquele primeiro show deles em SP, em 1997, coisa da qual me arrependi profundamente, chegando até a me prometer que por motivo algum no mundo eu perderia o próximo. Mas 2005 chegou e eu, bestamente, perdi.
Mas olha galera, chega de besteira, viu? Quem nunca tentou eleger a melhor faixa de Rattle and Hum com os amigos não teve adolescência!
I know I'm chewing bubble gum. I know what that is and I still want some!
PS - Ipodinho sendo agora devidamente sincronizado com uma seleção personalíssima da minha coleção completa de U2 (oh yeah, got 'em all!).
20080713
20080712
a seguinte história:
O professor de latim Herman Mussert vai dormir em seu quarto no terceiro andar de uma casa no Keizersgracht, em Amsterdam, e acorda misteriosamente em um pequeno quarto de hotel em Lisboa, onde já estiverá, há vinte anos, na companhia de uma mulher....
[A Seguinte História:, de Cees Nooteboom, ed. Nova Fronteira].
Minha gente, my people, este livrinho aqui não cabe na categoria "leitura da semana", aqui do lado direito do post, por dois motivos: Lê-se-o (existe isso?) em uma tarde, uma boa tarde de sol e de descanso, sem intervalo, com o café do lado - ou um cigarro, pra quem gosta, e a vida é boa e suficiente assim. Segundo motivo: não é um livro para uma semana, mas para a vida. Leia e releia e tresleia....
Cees Nooteboom (Haia, 1933) é um romancista holandês premiado e festejado e traduzido em diversas línguas. Sim, esteve na última Flip. Apesar disso, apesar de que vai virar moda agora por aqui (a Cia. das Letras acaba de lançar seu romance Paraíso Perdido), sugiro que seja lido porque é bom. Muito bom.
Rituais, escrito em 1980, é outro que vale a pena. Para mim (e para meu pai e para meu amigo Jeroen van der Zalm, que me apresentou o escritor!), a pérola é a seguinte frase, terceira do primeiro parágrafo de Rituais:
Herinnering is als een hond die gaat liggen waar hij wil.
ou, em tradução livre (minha e de daddy):
A lembrança é como um cão que chega e se deita onde bem entender.
20080708
My river is longer than yours!
Em busca de resposta para a minha própria pergunta no post de alguns minutos atrás, eis que descubro mais um tema de acalorados debates academico-científicos: seria o Rio Amazonas mais longo que o Nilo??
Há muito tempo o rio sul-americano era considerado o maior em volume, mas o segundo maior em extensão. The winner was the Nile, com 6.650 km. Mas o IBGE não iria deixar isso barato! Foi lá, fez uma pesquisa e descobriu que nosso Amazonas tem 6.800 km, pois começa numa montanha gelada chamada Mismi no sul do Peru. Way to go, Peru!
Notícia semi-fresquinha da BBC, aqui!
Há muito tempo o rio sul-americano era considerado o maior em volume, mas o segundo maior em extensão. The winner was the Nile, com 6.650 km. Mas o IBGE não iria deixar isso barato! Foi lá, fez uma pesquisa e descobriu que nosso Amazonas tem 6.800 km, pois começa numa montanha gelada chamada Mismi no sul do Peru. Way to go, Peru!
Notícia semi-fresquinha da BBC, aqui!
E o que têm em comum o Egito e o Sudão?
O Nilo, minha gente! São 6.650 km de extensão! Em língua nativa antiga e morta, a resposta seria assim:
[The word "Nile"(Arabic: 'nīl) comes from Greek Neilos (Νειλος), meaning river valley, and likely borrowed from Phoenician. In the ancient Egyptian language, the Nile is called Ḥ'pī or iteru, meaning "great river", represented by the hieroglyphs shown above (literally itrw).]
Fonte da info aqui.
E qual o tamanho do Amazonas? Começando aqui lições de hidrografia....
20080705
Denial is not just a river in Egypt
Segundo a wikipedia:
Denial (also called abnegation) is a defense mechanism' postulated by Sigmund Freud, in which a person is faced with a fact that is too uncomfortable to accept and rejects it instead, insisting that it is not true despite what may be overwhelming evidence. The subject may deny the reality of the unpleasant fact altogether (simple denial), admit the fact but deny its seriousness (minimisation) or admit both the fact and seriousness but deny responsibility (transference). The concept of denial is particularly important to the study of addiction. The theory of denial was first researched seriously by Anna Freud. She classified denial as a mechanism of the immature mind, because it conflicts with the ability to learn from and cope with reality.
Denial (also called abnegation) is a defense mechanism' postulated by Sigmund Freud, in which a person is faced with a fact that is too uncomfortable to accept and rejects it instead, insisting that it is not true despite what may be overwhelming evidence. The subject may deny the reality of the unpleasant fact altogether (simple denial), admit the fact but deny its seriousness (minimisation) or admit both the fact and seriousness but deny responsibility (transference). The concept of denial is particularly important to the study of addiction. The theory of denial was first researched seriously by Anna Freud. She classified denial as a mechanism of the immature mind, because it conflicts with the ability to learn from and cope with reality.
20080702
being there - para Chris
Lindo e atualíssimo - pelo menos para nós, antropólogos, que queremos e não queremos escapar do chavão - o post do blog do Chris. Para mim, emocionante, pois é por aí mesmo que piram as nossas cabecinhas, e a minha, quando eu estava lá, em campo, e quando eu estou aqui, pensando no campo. Coincidência ou não, a imagem que tenho como fundo de tela é justamente este dilema: being there. Vai aqui a foto, então, para o Chris. E, para não fazer plágio familiar, I quote: fotografia de E. Françozo, em Haarlem (Holanda), outubro de 2006.
20080622
lá do alto da montanha, o insuportável cheiro da memória
E, no fim das contas, certo estava era o poeta:
Se de tudo fica um pouco,
mas por que não ficaria
um pouco de mim? no trem
que leva ao norte, no barco,
nos anúncios de jornal,
um pouco de mim em Londres,
um pouco de mim algures?
na consoante?
no poço?
(...)
E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.
[Resíduo, CDA]
Se de tudo fica um pouco,
mas por que não ficaria
um pouco de mim? no trem
que leva ao norte, no barco,
nos anúncios de jornal,
um pouco de mim em Londres,
um pouco de mim algures?
na consoante?
no poço?
(...)
E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.
[Resíduo, CDA]
20080619
going everywhere in a line!
Gente, olha só que bacanice: para ilustrar um livro sobre metrôs de todo o mundo, os caras foram lá e fizeram um mapa-mundi interligando as cidades que têm ou estavam construindo (ou planejando construir) metrôs no ano de publicação do livro (2007)....será que não é isso mesmo?
(referências na imagem).
20080604
20080601
20080518
dando um Vasari em Curitiba
Frio com sol brilhando e céu azul; música na praça; all-star e coca-cola; suor, suor e um pouco de cerveja; pânico na torre e risadas na madrugada. Um rato na cozinha e o joelho bizarro.
Lá-lá-lá-lá-lá-lá-lá-lá-lá (tema do desenho Space Goofs, música de Iggy Pop).
Resumo da ópera: super legal!
20080515
cosmos, here we go
Dessa vez o post é motivado pelo blog (do) amigo Flushbacks. A frase "princípio regulador do cosmos" é uma das melhores da língua portuguesa!.
Eu, na minha insignificância, vou aproveitar a idéia e me cosmear para Curitiba, ver a amiga em comum e aumentar o álbum de fotos digitais. Historinhas divertidas (ou não), na volta!
20080512
conde dos infernos
Não quero escrever outro (Frans)* post dizendo que a segunda-feira tá foda, então vai aí, de ilustração, de presente, de distração, a reprodução de um retrato dele, Mauricião, o conde dos infernos, aquele que eu escolhi para ser o tema de meus pensamentos pelos últimos 4 anos (e próximos alguns meses) da minha vida.
* = piada infame...
* = piada infame...
20080505
Da bolsa de água quente
20080429
O corredor e sua grife
Amigos - corredores, andadores ou não - a verdade é que a frescurite consumista modernosa chega a todos os espaços da vida! Lendo o blog (muito bom!) de um fellow corredor (aqui), percebi que existem "padrões" de organização de corridas de rua. Não foi à toa que a do Iguatemi, organizada pela Corpore, tinha tanta coisa rolando, tanto banheiro, tanto brinde, etc. E não foi à toa que a do Boldrini contou com menos parafernália e, infelizmente, limites na organização da coisa. Repensando as experiências, mais vale fugir do busão, doar recursos pro Boldrini e alcançar a chegada feliz e suada do que correr pela Nova Campinas e ganhar creme anti-celulite no final. Viva a simplicidade!
Em homengaem, vai aqui link para o trecho do episódio de Friends em que a Phoebe ensina Rachel a correr como se estivesse fugindo de Satan (the neighbour's dog!)!
Em homengaem, vai aqui link para o trecho do episódio de Friends em que a Phoebe ensina Rachel a correr como se estivesse fugindo de Satan (the neighbour's dog!)!
20080427
Fugindo do 2.49 e viva a Ponte (ainda é possível!)
Mais um domingão, mais uma corrida. Desta vez, era a 3M/Boldrini, com lucro todo destinado ao importante centro de tratamento de crianças com câncer - vizinho aqui, aliás, eu sempre treino por essas bandas...
Mas desta vez foi (bem) menos legal. Apesar do meu Nike super high-tech, apesar do preparo, apesar do ânimo, a coisa não "pegou". Primeiro, provavelmente, porque dormi pouco na noite anterior. Segundo porque a organização do evento havia informado que a retirada dos chips seria feita no local até as 8h, e a corrida começaria as 9h. Então eu chego lá feliz as 7h50, ponho o negocinho no cadarço do super tênis, e penso: ueba, que legal, uma corrida no centro de Campinas, que beleza, olha só a praça, olha a Matriz do Carmo, viva a minha cidade...
Eis que logo descubro que a corrida de 5km começarias às 9h25, pois a Emdec (empresa de trânsito de Campinas) precisava fechar as ruas etc etc. Ok, tudo bem, eu posso ficar 1h30 esperando a bagaça começar. Fila pro banheiro - desta vez um absurdo de 2 cabines para mulheres e 4 para homens, e o comentário da moça na fila atrás de mim: "Ai, a corrida do Iguatemi tava muito melhor, aquele Espaço Mulher era tuuudo de bom, o creme para celulite tem um cheiro óótimo". Duro, duro.
Bem, chega a hora e é dada a largada. Desta vez saí lá atrás mesmo, conforme sugerido por Diva-Coca, e fui muito melhor. Mas começei a me irritar quando descemos a rua Conceição (ao invés da Moraes Salles, conforme percurso anunciado pelos organizadores). Muitos carros estacionados dos dois lados, rua estreita e duas mil pessoas passando por ali. Ok, ok. Chego na Anchieta, descida, delícia, isso sim tuuudo de bom.
Mas é na virada da Anchieta com a Orozimbo Maia que a verdade se revela. A faixa da rua destinada aos corredores havia sido tomada por carros e busões em geral. Sim, meus caros, os poucos funcionários da Emdec destinados ao trabalho calorento de arrumar o trânsito não conseguiram impedir que os doidos entrassem na nossa faixa, que fechassem nosso espaço, que nos aloprassem! Segundo a empresa havia informado,
"Em alguns trechos, como em parte da Av. Orosimbo Maia e na Av. Aquidabã, o bloqueio será parcial, permitindo o compartilhamento do espaço entre veículos e atletas. No entanto, na maior parte do percurso, as vias serão totalmente interditadas. A liberação só será feita após a passagem do último participante. No total, 48 agentes da mobilidade urbana da EMDEC participarão da operação, implantando as sinalizações necessárias aos bloqueios e tomando as medidas cabíveis para garantir a segurança dos participantes e a orientação dos motoristas. "
(nota completa aqui)
(nota completa aqui)
Pas vrai, pas vrai...Num determinado momomento me vi correndo no meio-fio da Orozimbo, olhando pra trás e pensando "Deeeus, lá me vem o 2.49 vazio e com vontade! Tira o pé daí motorista!!!". Digamos que não foi muito relaxante...
Também dignos de nota os motoristas das vias perpendiculares à Orozimbo que queriam atravessar apesar da galera correndo por ali. Buzinas e buzinas da parte deles, vaias da nossa, e o tio da Emdec, quando via uma pequena "brecha" ou espaço entre corredores, aproveitava para deixar os carros passarem! Super lecal, como diria o João.
Enfim, fiz lá meus (acho) 5 km. (Acho) pois não havia muita sinalização e eu possivelmente fiz o retorno antes da hora. Então digamos que fiz meus pelo menos 4,3km, contribuí para o Centro Boldrini, inalei uma quantidade joinha de gás carbônico, e tamos aí.
Também um pouco triste pela derrota- honrada, suada - da Ponte por aquele time cujo nome aqui não escreverei. Mas vamos lá, um dia de cada vez, e como diria Rocky Balboa, "it's not how hard you can hit, it's how hard you can get hit and still keep moving forward."
20080423
20080414
20080413
pergunta do fim de semana
Alguém me sugere uma profissão em que eu possa ser superficial e ganhar algum dinheiro (esqueçam aquelas em que o corpo sarado é um requisito importante, ok?) ? Algo que me permita ler coisas legais, às vezes falar sobre elas, ir pra lugares distantes, ficar sentada olhando o dia bonito... Eu quero a vida boa! Ler sem ter que entender e, muito menos, citar, analisar.
PS do dia - Abriu uma Livraria Cultura em Campinas. Finalmente a civilização chegou ao sertão! Infelizmente, quando a visitei, na 6a feira, percebi que, apesar de Cultura, estamos mesmo em Campinas: todas as mulheres com a mesma tinta no cabelo...
20080330
só para mulheres
Sobre o evento campineiro do dia: Corrida Iguatemi 11k
Domingão 9h da manhã. Saio de casa as 7h45 para chegar com tempo. Congestionamento na entrada do estacionamento do shopping: típico, apesar de ser só para a corrida. Xinga um, xinga outro, promote que vai de ônibus da próxima vez, estaciona o carro. Pego meu chip, coloco da maneira indicada no pequeno envelope, lacrado com um adesivo contendo meu nome, faixa etária e sexo. Resolvo ir no banheiro e logo descubro que há banheiros femininos no Espaço Mulher – um pedaço do estacionamento com tendas e banheiros químicos só para mulheres. Dividir banheiro em feminino e masculino eu talvez até entenda. Mas as tendas? “Aqui só senta mulher”. “Aqui só bolsas de mulheres”. Bem, vamos lá pra fila do banheiro, que está tão sujo, fedido e sem papel higiênico quanto (suponho) qualquer um dos masculinos. Tudo pronto. Vou pra largada com iPod a postos. Finjo que sou ótima corredora e largo na faixa 4’30’’-5’00’’. Um cara atrás de mim diz: “até parece que esse pessoal todo consegue correr a essa velocidade”. Glupt... Bem, “esse pessoal” inclui mais gente do que eu, então vamos lá. Dada a largada, percebo o ponto do argumento do cara assim que todo mundo atrás de mim começa a me passar. Até os primeiros 500 metros tive medo de ser atropelada, mas felzimente não fui. A galera do 4’30’’ passou e eu fui correndo na minha, até o quilômetro um, quando percebi que meu fôlego não é de nada. Então ok, vamos assim, corre anda anda corre como se fosse um poema do Drummond.
O percurso todo teve três pontos altos: um senhor de (descobri depois) 81 anos e poucos dentes que correu o tempo todo e me passou, chegando antes de mim; um cara muito forte que corria – juro! – com uma melancia equilibrada na cabeça e com o seguinte dizer em sua camisa: “Preciso de um tênis”. Ao final do quilômetro dois ele já havia ganhado um par deles de alguma boa alma, e ainda assim continuava trotando com a fruta esmagando seu crânio. Quis cumprimentá-lo no final da prova mas não o vi mais. Possivelmente ele já estava com sua família comendo churrasco e bebendo suco (adivinhem do quê). O terceiro ponto alto, of course, foi a f*%$#@&k subida da Jesuíno Marcondes Machado. Pelamordedeus!
Fim da prova, tudo começa. Passa-se a linha de chegada e chega-se na divisória masculino/feminino. Entrei pela entrada F, ganhei meio litro de Gatorade laranja (hum!), entreguei meu chip e fui ganhando alguns brindes: camiseta, medalha, um saquinho plástico....Logo pergunto: Moça, o que tem aqui? Ela: Um lanche. Eu: Ah, não quero, obrigada. Um homem ali da barraca do brinde me olha e diz: Ah, mas a próxima sacolinha você vai querer, tem coisa muito boa. Ooba, presente! Pego a sacolinha 2 toda feliz, abro e....arghh!! Creme contra celulites. Sim, isso mesmo. De novo: CREME ANTICELULITE. E uma revistinha do Iguatemi com os últimos lançamentos da moda em casaquinhos, calças, bolsas, sapatos – afinal aí vem o inverno, apesar dos 28 graus que me fizeram o favor de torrar meus ombros pois esqueci o protetor (anta!). O ponto aqui é: creme contra celulite para mulheres que acabaram de correr 6 ou 11 quilômetros? O que querem dizer com isso? Não podiam dar outra coisa, tipo um vale-massagem nos pés, uma garrafa de água Perrier, qualquer coisa que o valha? Fiquei pensando no que será que havia na sacolinha masculina. Shampoo anti-calvície? Biotônico Fontoura? Viagra?
Continuei andando e a coisa só piorou. Recebo de uma moça simpática, toda vestida de rosa, uma propaganda de outra corrida de rua na cidade, a se realizar em maio. É a Corrida do Batom, só para mulheres. Só para mulheres? Por que excluir os homens? Por que a divisão? What’s the point? Além disso, Corrida do Batom?? Are you f*&%$#@k kidding me??
Para acalmar minha fúria (feminista?feminina?oh what the hell!), fui ver a premiação. Aqui sim, pensei, vai ser tudo igual: comemorando homens e mulheres que correram rápido, que tiveram fôlego, que foram até o fim. Tsc, tsc, tsc, ledo engano ou, como diria minha avó, “as coisas não são assim, minha filha”. As mulheres sobem no pódio mas uma está atrasada. Comentário do locutor: “Ah, claro, retocando a maquiagem, mulher é assim, tá certo”. Maquiagem naquele calor depois da corrida? Ó céus. Assim que todas recebem seus troféus, vem a trilha musical em homenagem a elas, tão lindas: “Pretty woman, walking down the street, pretty woman, the kind I’d like to meet....yeah yeah yeah”. Yeah, yeah, yeah my ass! Respire, Mariana, respire. Vem a premiação dos homens. Todos sobrem, ganham troféu e...tã-tã-tã-tã...tã-tã-tã-tã-tãããããã.....ok, a sonoplastia está fraca, mas era a música tema do Rocky Balboa (na cena crássica em que ele sobe as escadas correndo para treinar). É isso aí: mulheres são bonitas e homens são fortes.
Já cansada, com fome (devia ter pego o lanchinho da sacolinha 1!), calor, resolvo ir pra casa. Chego no carro e tem mais um flyer, propaganda de uma corrida em abril na vizinha e próspera cidade de Indaiatuba. Percurso de 10km. Premiação: masculino, 1º lugar, R$1000; 2º lugar, R$800. Feminino, 1º lugar, R$600, 2º lugar, R$400. Só para mulheres...
Não tem endorfina que recupere o humor depois disso.
Domingão 9h da manhã. Saio de casa as 7h45 para chegar com tempo. Congestionamento na entrada do estacionamento do shopping: típico, apesar de ser só para a corrida. Xinga um, xinga outro, promote que vai de ônibus da próxima vez, estaciona o carro. Pego meu chip, coloco da maneira indicada no pequeno envelope, lacrado com um adesivo contendo meu nome, faixa etária e sexo. Resolvo ir no banheiro e logo descubro que há banheiros femininos no Espaço Mulher – um pedaço do estacionamento com tendas e banheiros químicos só para mulheres. Dividir banheiro em feminino e masculino eu talvez até entenda. Mas as tendas? “Aqui só senta mulher”. “Aqui só bolsas de mulheres”. Bem, vamos lá pra fila do banheiro, que está tão sujo, fedido e sem papel higiênico quanto (suponho) qualquer um dos masculinos. Tudo pronto. Vou pra largada com iPod a postos. Finjo que sou ótima corredora e largo na faixa 4’30’’-5’00’’. Um cara atrás de mim diz: “até parece que esse pessoal todo consegue correr a essa velocidade”. Glupt... Bem, “esse pessoal” inclui mais gente do que eu, então vamos lá. Dada a largada, percebo o ponto do argumento do cara assim que todo mundo atrás de mim começa a me passar. Até os primeiros 500 metros tive medo de ser atropelada, mas felzimente não fui. A galera do 4’30’’ passou e eu fui correndo na minha, até o quilômetro um, quando percebi que meu fôlego não é de nada. Então ok, vamos assim, corre anda anda corre como se fosse um poema do Drummond.
O percurso todo teve três pontos altos: um senhor de (descobri depois) 81 anos e poucos dentes que correu o tempo todo e me passou, chegando antes de mim; um cara muito forte que corria – juro! – com uma melancia equilibrada na cabeça e com o seguinte dizer em sua camisa: “Preciso de um tênis”. Ao final do quilômetro dois ele já havia ganhado um par deles de alguma boa alma, e ainda assim continuava trotando com a fruta esmagando seu crânio. Quis cumprimentá-lo no final da prova mas não o vi mais. Possivelmente ele já estava com sua família comendo churrasco e bebendo suco (adivinhem do quê). O terceiro ponto alto, of course, foi a f*%$#@&k subida da Jesuíno Marcondes Machado. Pelamordedeus!
Fim da prova, tudo começa. Passa-se a linha de chegada e chega-se na divisória masculino/feminino. Entrei pela entrada F, ganhei meio litro de Gatorade laranja (hum!), entreguei meu chip e fui ganhando alguns brindes: camiseta, medalha, um saquinho plástico....Logo pergunto: Moça, o que tem aqui? Ela: Um lanche. Eu: Ah, não quero, obrigada. Um homem ali da barraca do brinde me olha e diz: Ah, mas a próxima sacolinha você vai querer, tem coisa muito boa. Ooba, presente! Pego a sacolinha 2 toda feliz, abro e....arghh!! Creme contra celulites. Sim, isso mesmo. De novo: CREME ANTICELULITE. E uma revistinha do Iguatemi com os últimos lançamentos da moda em casaquinhos, calças, bolsas, sapatos – afinal aí vem o inverno, apesar dos 28 graus que me fizeram o favor de torrar meus ombros pois esqueci o protetor (anta!). O ponto aqui é: creme contra celulite para mulheres que acabaram de correr 6 ou 11 quilômetros? O que querem dizer com isso? Não podiam dar outra coisa, tipo um vale-massagem nos pés, uma garrafa de água Perrier, qualquer coisa que o valha? Fiquei pensando no que será que havia na sacolinha masculina. Shampoo anti-calvície? Biotônico Fontoura? Viagra?
Continuei andando e a coisa só piorou. Recebo de uma moça simpática, toda vestida de rosa, uma propaganda de outra corrida de rua na cidade, a se realizar em maio. É a Corrida do Batom, só para mulheres. Só para mulheres? Por que excluir os homens? Por que a divisão? What’s the point? Além disso, Corrida do Batom?? Are you f*&%$#@k kidding me??
Para acalmar minha fúria (feminista?feminina?oh what the hell!), fui ver a premiação. Aqui sim, pensei, vai ser tudo igual: comemorando homens e mulheres que correram rápido, que tiveram fôlego, que foram até o fim. Tsc, tsc, tsc, ledo engano ou, como diria minha avó, “as coisas não são assim, minha filha”. As mulheres sobem no pódio mas uma está atrasada. Comentário do locutor: “Ah, claro, retocando a maquiagem, mulher é assim, tá certo”. Maquiagem naquele calor depois da corrida? Ó céus. Assim que todas recebem seus troféus, vem a trilha musical em homenagem a elas, tão lindas: “Pretty woman, walking down the street, pretty woman, the kind I’d like to meet....yeah yeah yeah”. Yeah, yeah, yeah my ass! Respire, Mariana, respire. Vem a premiação dos homens. Todos sobrem, ganham troféu e...tã-tã-tã-tã...tã-tã-tã-tã-tãããããã.....ok, a sonoplastia está fraca, mas era a música tema do Rocky Balboa (na cena crássica em que ele sobe as escadas correndo para treinar). É isso aí: mulheres são bonitas e homens são fortes.
Já cansada, com fome (devia ter pego o lanchinho da sacolinha 1!), calor, resolvo ir pra casa. Chego no carro e tem mais um flyer, propaganda de uma corrida em abril na vizinha e próspera cidade de Indaiatuba. Percurso de 10km. Premiação: masculino, 1º lugar, R$1000; 2º lugar, R$800. Feminino, 1º lugar, R$600, 2º lugar, R$400. Só para mulheres...
Não tem endorfina que recupere o humor depois disso.
20080329
viva meu iPod!
Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver prá não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver prá não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...
Dica do fim de semana: Cada um com seu cinema
Assisti hoje o filme Chacun son cinema, em português Cada um com seu cinema. Lindo! Em comemoração aos 60 anos do festival de cinema de Cannes, 33 diretores de todo o mundo foram convidados pelo presidente do festival, Gilles Jacob, para fazer um curta de 3 minutos sobre a paixão e a mágica de ir ao cinema. O resultado é ótimo! Destaque para os curtas de Amos Gitai, Roman Polanski, Claude Lelouch, David Lynch e, claro, nosso Walter Salles.
20080326
Exu Tranca-Tese
Hoje, as 12h30, no meio de um jogo de paciência enrolativo, recebi por email o texto abaixo de meu amigo Edson Silva, do Recife, que acabou de acabar de passar por isso. Não sei quem é o autor da coisa, mas com certeza merece nossos parabéns!
PS - aliás, gostaria de dizer que não suporto mais mudar de idéia. I was raised to give up!
Você está na reta final da sua tese, dissertação ou monografia? Leia!!!Se não está, guarde, que poderá vir a ser útil.
Você sente que existe uma força misteriosa que tira seu ânimo? Faz seu orientador adoecer ou sumir do mapa inexplicavelmente? Seu computador quebra ou é roubado com todos os seus dados e análises?
Lamento ser o portador dessa má notícia, mas... VOCÊ TEM UM EXU TRANCA TESE NA SUA VIDA!!!
Esta é a corrente da Nossa Senhora Destrancadora de Teses. Você deve evocar esta novena toda vez que for vítima de alguma das artimanhas do "Exu Tranca Tese" ou se quiser apenas proteção contra essa entidade!!! Então, toda vez que sentir necessidade, faça a seguinte oração:
"Nossa Sra. Destrancadora das Teses, em ti confiamos para a proteção contra o Exu Tranca Tese, nos proteja de: Queimação de pen drive; bibliografia em alemão; visita fora de hora; linha no word que não sobe com "del"; fotocopiadora quebrada. Dá-me: encontros com o orientador no corredor da Universidade e livro emprestado com data de devolução pra 2050.
Ah, senhora, livra-me também das perguntas indiscretas, das dúvidas fora de hora, e das certezas idem. Ajuda-me a lembrar dos nomes dos autores e da pronúncia deles, assim como do modo como se faz notação de revistas. Nossa Senhora, livre-me de pensamentos acerca de minha tese durante meu sono.
Que eu possa dormir o sono dos justos impunemente, sem que eu tenha que me levantar ou acender a luz para anotar insights invasivos que detonam minha mente quando preciso descansar para mais um dia de batalha! Que tais pensamentos venham na hora certa, quando me sento diante de meu PC e eu não me torne um zumbi.
Ó Senhora, desperta no meu orientador uma enorme vontade de ler minha tese. Que ele a leia com olhos vigilantes, para não deixar passar nenhuma monstruosidade, mas também com olhos piedosos, para me deixar enfrentar a banca. E que a banca, Senhora, me dê os apertos que achar necessários, mas que ao final assine a poderosa ata, redenção final dos meus inúmeros pecados.
Nossa Senhora, meu orientador insiste em dizer que a minha tese está, entre aspas, uma merda, mas eu sinto que a Senhora vai me dar um luz bem forte e lançar como de um passe de mágica, artigos que abram meu cérebro tão debilitado por tamanha pressão.
Minha Santa querida, já que eu fiz esta escolha na minha vida e me sinto na obrigação de terminar, me dá forças para não matar um! AMÉM!!!!"
E não seja egoísta, repasse esta mensagem imediatamente a todos os seus amigos e alunos que estão passando pela mesma pressão, senão o Exu não vai te largar e você vai passar o resto da sua vida "quase" terminando sua tese.
PS - aliás, gostaria de dizer que não suporto mais mudar de idéia. I was raised to give up!
Você está na reta final da sua tese, dissertação ou monografia? Leia!!!Se não está, guarde, que poderá vir a ser útil.
Você sente que existe uma força misteriosa que tira seu ânimo? Faz seu orientador adoecer ou sumir do mapa inexplicavelmente? Seu computador quebra ou é roubado com todos os seus dados e análises?
Lamento ser o portador dessa má notícia, mas... VOCÊ TEM UM EXU TRANCA TESE NA SUA VIDA!!!
Esta é a corrente da Nossa Senhora Destrancadora de Teses. Você deve evocar esta novena toda vez que for vítima de alguma das artimanhas do "Exu Tranca Tese" ou se quiser apenas proteção contra essa entidade!!! Então, toda vez que sentir necessidade, faça a seguinte oração:
"Nossa Sra. Destrancadora das Teses, em ti confiamos para a proteção contra o Exu Tranca Tese, nos proteja de: Queimação de pen drive; bibliografia em alemão; visita fora de hora; linha no word que não sobe com "del"; fotocopiadora quebrada. Dá-me: encontros com o orientador no corredor da Universidade e livro emprestado com data de devolução pra 2050.
Ah, senhora, livra-me também das perguntas indiscretas, das dúvidas fora de hora, e das certezas idem. Ajuda-me a lembrar dos nomes dos autores e da pronúncia deles, assim como do modo como se faz notação de revistas. Nossa Senhora, livre-me de pensamentos acerca de minha tese durante meu sono.
Que eu possa dormir o sono dos justos impunemente, sem que eu tenha que me levantar ou acender a luz para anotar insights invasivos que detonam minha mente quando preciso descansar para mais um dia de batalha! Que tais pensamentos venham na hora certa, quando me sento diante de meu PC e eu não me torne um zumbi.
Ó Senhora, desperta no meu orientador uma enorme vontade de ler minha tese. Que ele a leia com olhos vigilantes, para não deixar passar nenhuma monstruosidade, mas também com olhos piedosos, para me deixar enfrentar a banca. E que a banca, Senhora, me dê os apertos que achar necessários, mas que ao final assine a poderosa ata, redenção final dos meus inúmeros pecados.
Nossa Senhora, meu orientador insiste em dizer que a minha tese está, entre aspas, uma merda, mas eu sinto que a Senhora vai me dar um luz bem forte e lançar como de um passe de mágica, artigos que abram meu cérebro tão debilitado por tamanha pressão.
Minha Santa querida, já que eu fiz esta escolha na minha vida e me sinto na obrigação de terminar, me dá forças para não matar um! AMÉM!!!!"
E não seja egoísta, repasse esta mensagem imediatamente a todos os seus amigos e alunos que estão passando pela mesma pressão, senão o Exu não vai te largar e você vai passar o resto da sua vida "quase" terminando sua tese.
20080321
Current Events
A imagem acima é de autoria de Dave Walker, em We Blog Cartoons.
Mean Divas já há algum tempo têm feito referência a este ótimo cartunista. Obrigada pela dica!
Mean Divas já há algum tempo têm feito referência a este ótimo cartunista. Obrigada pela dica!
20080226
U-turn
20080220
Nem toda brasileira é bunda, ou: fim do mundo à direita.
Amigos e amigas, leitores e leitoras, o que é isso??
Se alguém não leu a Folha de SP esta manhã, vai aqui a notícia: Patrícia Magalhães, mestranda em Física na USP, foi impedida de participar de um congresso em Lisboa pois foi detida no aeroporto de Madrid e deportada de volta ao Brasil. Razões? Ninguém explica direito: faltava o voucher do hotel em Lisboa. Mas e a passagem de volta já devidamente paga pela Fapesp (oh yes!)? Mas e a confirmação da inscrição no congresso? Mas e o fax do orientador (já em Lisboa) confirmando as intenções científicas da menina? Mas e os apelos à Emabixada brasileira na capital espanhola? Nada, nada, nada.
Vale lembrar que, segundo o relato de Patrícia, num certo momento todos os homens que estavam presos com ela na salinha do desespero receberam seus passaportes de volta e puderam continuar a viagem. As mulheres, todas, ficaram.
Só consigo me lembrar da música Pagu, composta por Rita Lee e Zélia Duncan e cantada maravilhosamente bem por Maria Rita, filha de Elis:
"Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão
Eu sou pau pra toda obra
Deus dá asas à minha cobra
Minha força não é bruta
Não sou freira
Nem sou puta...
Porque nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem..."
Filipe II não morreu. A Santa Inquisição não acabou, só mudou de forma.
PS - Este post foi inspirado no post de mesmo tema do blog amico Mean Divas, que inclusive traz a reportagem da Folha bem como uma carta de Patrícia. Vale conferir!
Se alguém não leu a Folha de SP esta manhã, vai aqui a notícia: Patrícia Magalhães, mestranda em Física na USP, foi impedida de participar de um congresso em Lisboa pois foi detida no aeroporto de Madrid e deportada de volta ao Brasil. Razões? Ninguém explica direito: faltava o voucher do hotel em Lisboa. Mas e a passagem de volta já devidamente paga pela Fapesp (oh yes!)? Mas e a confirmação da inscrição no congresso? Mas e o fax do orientador (já em Lisboa) confirmando as intenções científicas da menina? Mas e os apelos à Emabixada brasileira na capital espanhola? Nada, nada, nada.
Vale lembrar que, segundo o relato de Patrícia, num certo momento todos os homens que estavam presos com ela na salinha do desespero receberam seus passaportes de volta e puderam continuar a viagem. As mulheres, todas, ficaram.
Só consigo me lembrar da música Pagu, composta por Rita Lee e Zélia Duncan e cantada maravilhosamente bem por Maria Rita, filha de Elis:
"Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão
Eu sou pau pra toda obra
Deus dá asas à minha cobra
Minha força não é bruta
Não sou freira
Nem sou puta...
Porque nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem..."
Filipe II não morreu. A Santa Inquisição não acabou, só mudou de forma.
PS - Este post foi inspirado no post de mesmo tema do blog amico Mean Divas, que inclusive traz a reportagem da Folha bem como uma carta de Patrícia. Vale conferir!
20080209
Places I´d like to be right now
Quem descobrir que lugares são (sem clicar na imagem, claro!) pode vir comigo. Hehe!
60º 00' 00" N / 25º 00' 00"E (só pela exatidão dos números)
22º 54' 00" S / 43º 16' 00" W (nessa logo eu chegarei)
20080206
La Haine
Sim meus amigos, o ódio, ele mesmo. No caso, de ter que fazer algumas coisas que eu mesma escolhi para minha vida. Mas sem maiores detalhes sobre isso, porque seria muito tedioso e no fundo é passageiro. Quem consegue passar o dia inteiro sem se arrepender de uma escolha, umazinha, aquela que te dá um trabalho do cão? Oh well.
Mas aproveito a oportunidade para indicar um filme francês de mesmo título. Muito, muito bom! Info aqui.
PS - Aproveito também para agradecer as duas visitantes de hoje, que me acharam neste mundo virtual (Lina, imagine agora esse virtual sendo dito por mim!).
20080205
20080201
Faz um ano que voltei...
"All my bags are packed/Im ready to go/Im standin here outside your door/I hate to wake you up to say goodbye/But the dawn is breakin/Its early morn/The taxis waitin/Hes blowin his horn/Already Im so lonesome/I could die
So kiss me and smile for me/Tell me that youll wait for me/Hold me like youll never let me go/cause Im leavin on a jet plane/Dont know when Ill be back again/Oh babe, I hate to go"
So kiss me and smile for me/Tell me that youll wait for me/Hold me like youll never let me go/cause Im leavin on a jet plane/Dont know when Ill be back again/Oh babe, I hate to go"
Não, não ficou nenhum babe por lá, não. Mas a música é um crássico do adeus. Chorei, chorei, chorei.
20080131
Deus é brasileiro, mas os pôlderes são holandeses!
A quem interessar possa (poça?),
http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v22n65/a10v2265.pdf
Artigo muito interessante, do antropólogo holandês Geert Banck, sobre a cultura política na Holanda e no Brasil (In: Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 22, n. 65, 2007).
http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v22n65/a10v2265.pdf
Artigo muito interessante, do antropólogo holandês Geert Banck, sobre a cultura política na Holanda e no Brasil (In: Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 22, n. 65, 2007).
20080130
(para E)
And so we meet again....
Voltei, deixando o wereldweid/weltweit de lado e trocando pelo amigável "dando um Vasari", um trocadilho acadêmico bestôncio do tipo pseudo-erudito.
Esperem poucas reflexões e nenhuma idéia inteligente. Vai servir pra distrair (eu, da tese; os outros, do que quiserem). Sempre um site a mais pra visitar quando a vontade de trabalhar desaparece...
Esperem poucas reflexões e nenhuma idéia inteligente. Vai servir pra distrair (eu, da tese; os outros, do que quiserem). Sempre um site a mais pra visitar quando a vontade de trabalhar desaparece...
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