Bom, conforme o planejado, comecei na 5a passada a operação "detonando a carteirinha". Vi os filmes nos. 1 e 2 da lista, respectivamente O Leitor e Operação Valquíria [interregnum: c, a próxima ida deverá ser lá por 4a/5a...let's combine, hehe!).
Desnecessário dizer que O Leitor é muito melhor. Lindo, lindo e também sutil e delicado ao tratar de um tema tão duro - afinal, quem é culpado? Eu acho que o diretor deve ter lido a Hannah Arendt, mas se não leu, levantou (em mim) a vontade de (re)ler Eichmann em Jerusalém. Outro ponto a se pensar: o bom e velho "eu só estava cumprindo ordens" saindo da boca, e da cabeça, de um cidadão, como dizer?, para o qual "as coisas são o que as coisas são", A é A e não pode ser não-A, tempos pré-Marx, o bom e velho espírito holandês-interiorano me voltando com toda a força, "zo is het gewoon", simplesmente é assim.
Mas Valquíria não me decepcionou e não foi ruim como eu esperava. Claro, no começo a pessoa sente vergonha alheia de ver o Tom Cruise falando "We must kill Hitler" e coisas do gênero, mas logo o filme te põe no clima da coisa e vc quase esquece quem é o ator principal (mérito dele, talvez). Bom filme pra domingo de chuva, bom filme pra pensar "é mesmo, né, tinha coisas rolando ali dentro que a gente nem imagina...". E um tal General Beck que é a cara do Suplicy, oh God! Creio que simpatizei imediatamente com o personagem pois toda a bondade que transparece o nosso senador foi, na minha cabeça, diretamente associada ao general nazi. No fundo vai ver eles tinham um coração bom...oops, nem tanto.
A verdade é que os dois filmes mostram (como a história, como a antropologia, sei lá) que contexto é tudo. Individual, interno, psíquico, tanto quanto social e político.
We can't escape our time, we can't escape our very own selves.
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